sábado, 19 de fevereiro de 2011

"Baby, you gave up, I gave up"

A dor e a tristeza de meu coração me fazem querer desistir do amor que sinto. Meu olhar não nega, meus poros lhe chamam... Mas o vácuo que você deixa me leva a não querer nunca mais lhe amar, nem a ninguém. Sei que é uma mentira sincera, que, no momento, não consigo sustentar. Mal sustento a dúvida, mal sustento a espera, mal sustento meu desejo. Fico no vazio da descrença de que um grande amor pôde me machucar tanto.Busco acreditar que poderá ser diferente, e que em algum momento despertarei desse sonho ruim. Como isso pôde acontecer? Raiva do destino, raiva de mim.... Mas agora sei o sabor da solidão. A real solidão, quando o amor permanece, mas o amado não. E da dor de querer o que não gostaria de querer, tento seguir a vida. É tão duro perceber seus sinais tão claros, que me atropelam, me cegam, me fazem sangrar... Sem palavras, tento me despedir de você. Não sou forte o bastante, minhas feridas abrem e o amor grita. Coração partido em mil pedaços chora. E porque eu espero por algo que parece nunca chegar? Porque tem que ser tão difícil? Volto à dúvida inicial, porque você teve que desistir? Sem palavras, termino sem explicação... desisto.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fantasia

 Hoje ela decidiu brincar com suas fantasias. Por meio delas poderia criar o que queria, e quem sabe sentir o gosto de tê-lo... Fechou seus olhos e decidiu... naquele dia iria de encontro à ele. Nada a faria mudar a sua direção, voaria em direção ao seu amor. Vestiu-se de coragem, de determinação e, com sua paixão, partiu. Acompanhavam-a um vestido azul e uma lingerie cor de carne. Era uma mulher à procura do seu amado e nada lhe deteria. Em suas pernas canções de amor a encorajavam. Após milhares de quilômetros, estações e decisões, chegou insaciável em seu destino  inevitável. Bateu na porta do amado e disse-lhe em silêncio, vem! Seus olhos brilhavam, seu peito pulsava, suas pernas tremiam... Nesse momento o vento tocou seus cabelos, levantou seu perfume e fez cair todos os medos. Agora ela era dele e ele dela. Dois caminhos se encontravam e dois corações se uniram.... Feliz, ela acorda. Triste, ela chora. Fantasia fala de seu desejo, mas fantasia evapora...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Se eu fosse louca...

Se eu fosse louca
buscaria sua boca,
experimentava o seu mel
me despertaria ao seu lado...
Se eu fosse louca
lhe seduziria
usaria meus poderes
para lhe ter ao meu lado...
Se eu fosse louca
sussurraria que lhe amo
gritaria que lhe quero
me acolheria em seus braços...
Se eu fosse louca
de suas palavras
as transformaria
ao sabor do meu desejo
e descartaria o que não creio...
Se eu fosse louca
não lhe respeitaria
nem seus limites,
tampouco dificuldades,
estaria a procura do que queria...
Se eu fosse louca...
será que você me rejeitaria?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sandy canta Roberto Carlos....

Tristeza - em construção

Tristeza é um sentimento difícil de descrever e doloroso de sentir. Quando pensamos em viver o que a vida nos oferece, tendemos a ser imprudentes, onipotentes e até arrogantes. Não acreditamos que algo pode dar errado, que podemos sofrer. Ou, quem acredita, o faz exageradamente. Talvez seja necessária essa negação, senão... como seguiríamos em frente?
Tristes, tendemos a ficar centramos em nós mesmos, egocêntricos. Tendemos a focar no passado que nos fez sofrer e perdemos a esperança de um futuro diferente. A arrogância foi quebrada, não somos assim tão fortes quanto imaginávamos. Somos frágeis na vida. As coisas podem passar conosco, podemos nos machucar, ser feridos e até sangrar.
Assim, sofrer pode nos humanizar. Pode trazer a realidade e nos colocar em pé de igualdade com os demais. É comum após um momento de dificuldade, de muita tristeza e dor, haver uma retrospectiva positiva, no sentido de tomar consciência do crescimento e da aprendizagem propiciada com a experiência dolorosa.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já..." Pablo Neruda

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O que eu quero?

O que eu quero?
"Volte a dormir,
é tempo de guerra..."
Explode, arde, movimenta
mente, engana, anda...
Eu quero ser diferente;
fazer diferente,
fazer parte,
não me deixar à parte...
Quero o melhor
de mim, para mim...
Tempo de guerra
escassez, criatividade
Parte. Partir. Parir.
É tempo de guerra.
Luto comigo mesma
para conquistar...
tudo que sou, gostaria de ser
e que faço parte.
--> Olho para o lado e vejo solidão
   olho para mim e me travo
  "Volte a dormir... é tempo de guerra..."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pelo menos?

Muitas vezes vivemos a vida no "pelo menos". Não tenho o que eu quero, mas "pelo menos..." É importante tomar consciência que tem certas coisas que um pouco não é suficiente. Sei, que para quem tem sede um gole de água pode parecer fundamental para a vida... No entanto, para sobreviver precisamos mais que um gole, uma palavra ou uma expectativa. Sabemos também que no deserto e na vida é comum ser iludido com fantasias de oásis...  Não podemos nos iludir, verdade para ser verdadeira tem ser cem por cento. Sabemos que palavras são leves como o vento e conseguem tocar como pluma, mas só ações podem realmente tocar e ser real.  É muito difícil tomar certas decisões, pois o coração, mal criado, por vezes busca seguir caminhos oásis, sem se tocar que poderá ter algo melhor... O bom é que quando percebe-se que o que se vê é ilusão, pode-se ser livre para sair do deserto, do "pelo menos"...